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sábado, outubro 06, 2007

Santo Inácio, exemplo de tática contra-revolucionária

O professor Plinio Corrêa de Oliveira, em seu livro Revolução e Contra-Revolução (RCR), demonstra, em breves linhas, algumas caracteristicas da decadência da Idade Média e aponta, em seguida, como o Humanismo e a Renascença abriram campo para o Protestantismo.

Segundo mostramos em nosso site, no artigo Santo Inácio, Francisco Xavier, Calvino e os Humanistas, o então ambicioso jovem Francisco Xavier - que depois se tornou um grande santo -, admirava os ideais humanistas[1]. Embora católico, Xavier não tinha o discernimento de perceber a ligação íntima existente entre o humanismo e o protestantismo. Santo Inácio de Loyola, seu colega, fez o máximo que podia para alertá-lo dos erros da corrente humanista tão em voga naquela época. Conseguiu finalmente resultado quando fez-lhe "ver o perigo dos professores humanistas, que, sob a máscara de cultura clássica, ocultavam os erros de Lutero e seus sequazes". Santo Inácio, por assim dizer, arrancou o véu dos humanistas diante de Francisco Xavier, e este pôde ver o vulto geral do humanismo.

Muitas lições RCR's podemos tirar desse fato. Ele nos ensina, por exemplo, como devemos agir em face dos inocentes-úteis, como era o caso do Mestre Xavier, que, iludidos de alguma maneira por algum aspecto da Revolução, não conseguem ver para onde estão sendo levados. Há um trecho no livro RCR onde podemos ver com mais clareza o valor da tática contra-revolucionária empregada por Santo Inácio:
"A Revolução tem progredido, como vimos, à custa de ocultar seu vulto total, seu espirito verdadeiro, seus fins últimos.

"O meio mais eficiente de refutá-la junto aos revolucionários consiste em mostrá-la inteira (...). Arrancar-lhe, assim, os véus é desferir-lhe o mais duro dos golpes." (Cfr. Parte II, Cap. V, Item 3 A)
Em outro trecho:
"É preciso saber mostrar (...) a face total da Revolução, em sua imensa hediondez. Sempre que esta face se revela, aparecem surtos de vigorosa reação. (...), o contra-revolucionário deve, com freqüência, desmascarar o vulto geral da Revolução, a fim de exorcizar o quebranto que esta exerce sobre suas vitimas." (Cfr: Parte II, Capítulo VII, Item 3.E)
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[1] A expressão "humanismo" não se refere a "humano", "homem" ou "humanidade", mas deriva do vocábulo latino "humanes", que quer dizer "culto", "erudito". Bem entendido, cultos e eruditos eram apenas os que se deixavam escravizar pelos autores pagãos.

Um comentário:

Anônimo disse...

Excelente artigo!