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quinta-feira, janeiro 08, 2009

50 anos da primeira edição

Neste ano de 2009 comemoramos o cinquentenário da primeira edição de Revolução e Contra-Revolução.

Em abril de 1959 a revista Catolicismo publicava em suas páginas o conteúdo do principal livro de Plinio Corrêa de Oliveira.

Tal obra inspirou a aparição de diversas associações, em várias partes do mundo, dispostas a colocar em prática as teses do livro. Pela primeira vez na História o Brasil passou a exportar ideologia.

Desejamos que, especialmente neste ano, mais pessoas possam tomar conhecimento sobre tal obra. E para tal dedicamos nossas orações e esforços com o site Revolução e Contra-Revolução.

Um ano depois...

Passado quase um ano volto a escrever neste blog para informar as pequenas reformas e melhorias que fizemos no designe do site RCR. Confira!!!

Também já está disponível o conteúdo completo da RCR em inglês e polonês. A próxima lingua visada é o italiano. Tutto bonna gente.

quarta-feira, janeiro 16, 2008

RCR em inglês

Estamos disponibilizando uma versão da RCR em inglês em nosso site. Confira no seguinte endereço:

http://www.revolucao-contrarevolucao.com/english_revcontrarev.asp

Detalhe: o conteúdo ainda não está na integra, faltam as partes II e III.

Se for da vontade de Nossa Senhora e da disponibilidade de nossos amigos poloneses, ainda este ano disponibilizaremos uma versão também em polonês.

Desejo a todos um boa leitura.

segunda-feira, janeiro 07, 2008

Desmonarquização da Igreja

No artigo anterior, Progressismo católico e protestantismo, foi relatado uma série de pedidos que a revista Mensageiro do Coração de Jesus, de responsabilidade dos jesuítas, fazia ao então recém eleito papa Bento XVI.

Entre os pedidos, um deles pugnava pelo...
... fim do "absolutismo monárquico".
Já o professor Plinio Corrêa de Oliveira, no livro RCR, mostrou que, com o advento da IV Revolução tribalista, ocorreria uma pressão a desmonarquização da estrutura da Igreja Católica, disse ele:
"Falemos da esfera espiritual. Bem entendido, também a ela a IV Revolução quer reduzir ao tribalismo. E o modo de o fazer já se pode bem notar nas correntes de teólogos e canonistas que visam transformar a nobre e óssea rigidez da estrutura eclesiástica, como Nosso Senhor Jesus Cristo a instituiu e vinte séculos de vida religiosa a modelaram magnificamente, num tecido cartilaginoso, mole e amorfo, de dioceses e paróquias sem circunscrições territoriais definidas, de grupos religiosos em que a firme autoridade canônica vai sendo substituída gradualmente pelo ascendente dos “profetas” mais ou menos pentecostalistas, congêneres, eles mesmos, dos pajés do estruturalo-tribalismo, com cujas figuras acabarão por se confundir. Como também com a tribo-célula estruturalista se confundirá, necessariamente, a paróquia ou a diocese progressista-pentecostalista.

“Desmonarquização” das autoridades eclesiásticas

"Nesta perspectiva, que tem algo de histórico e de conjectural, certas modificações de si alheias a esse processo poderiam ser vistas como passos de transição entre o status quo pré-conciliar e o extremo oposto aqui indicado.

"Por exemplo, a tendência ao colegiado como modo de ser obrigatório de todo poder dentro da Igreja e como expressão de certa “desmonarquização” da autoridade eclesiástica, a qual ipso facto ficaria, em cada grau, muito mais condicionada do que antes ao escalão imediatamente inferior.

"Tudo isto, levado às suas extremas conseqüências, poderia tender à instauração estável e universal, dentro da Igreja, do sufrágio popular, que em outros tempos foi por Ela adotado às vezes para preencher certos cargos hierárquicos; e, num último lance, poderia chegar, no quadro sonhado pelos tribalistas, a uma indefensável dependência de toda a Hierarquia em relação ao laicato, suposto porta-voz necessário da vontade de Deus. “Da vontade de Deus”, sim, que esse mesmo laicato tribalista conheceria através das revelações “místicas” de algum bruxo, guru pentecostalista ou feiticeiro; de modo que, obedecendo ao laicato, a Hierarquia supostamente cumpriria sua missão de obedecer à vontade do próprio Deus. (RCR, Parte III, Cap III)

segunda-feira, novembro 26, 2007

Progressismo católico e protestantismo

Os católicos progressitas cada vez mais se alinham às idéias protestantes. Um exemplo disso é o editorial de maio de 2005 da revista "Mensageiro do Coração de Jesus", dos padres jesuítas, intitulado "Uma Igreja de participação e comunhão".

Nessa ocasião o papa Bento XVI tinha acabado de ser eleito e os jesuítas progressistas, através dessa revista, pediam ao papa algumas renovações internas na Igreja, como:
- Mais liberdade de opinião;
- Mais igualdade entre os clérigos e leigos;
- Fim do "absolutismo monárquico";
- Embora seja hierárquica, ser mais democrática.
Em todos os pontos uma coisa se nota: a sede insaciável revolucionária de liberalismo e igualitarismo.

Isso se expressa pelo desejo de diminuir cada vez mais o princípio de autoridade e de minguar o máximo possível as desigualdades existentes.

Essa tendência para uma liberdade mais ampla e uma igualdade mais radical se nota no desenvolvimento do protestantismo. A cada nova seita que surgia mais um passo se dava nessa direção.

O progressismo é uma forma de "protestantismo católico".

quinta-feira, outubro 18, 2007

A Revolução por excelência

O termo Revolução, com inicial maiúscula, designa o processo revolucionário anticatólico que se desenvolveu a partir do fim da Idade Média.

Segue abaixo uma descrição sobre o alvo da Revolução:
"A Revolução tem derrubado muitas vezes autoridades legítimas, substituindo-as por outras sem qualquer título de legitimidade. Mas haveria engano em pensar que ela consiste apenas nisto. Seu objetivo principal não é a destruição destes ou daqueles direitos de pessoas ou famílias. Mais do que isto, ela quer destruir toda uma ordem de coisas legítima, e substituí-la por uma situação ilegítima. E “ordem de coisas” ainda não diz tudo. É uma visão do universo e um modo de ser do homem, que a Revolução pretende abolir, com o intuito de substituí-los por outros radicalmente contrários.
"(...)Com efeito, a ordem de coisas que vem sendo destruída é a Cristandade medieval. Ora, essa Cristandade não foi uma ordem qualquer, possível como seriam possíveis muitas outras ordens. Foi a realização, nas circunstâncias inerentes aos tempos e aos lugares, da única ordem verdadeira entre os homens, ou seja, a civilização cristã.
"(...) Assim, o que tem sido destruído, do século XV para cá, aquilo cuja destruição já está quase inteiramente consumada em nossos dias, é a disposição dos homens e das coisas segundo a doutrina da Igreja, Mestra da Revelação e da Lei Natural. Esta disposição é a ordem por excelência. O que se quer implantar é, per diametrum, o contrário disto. Portanto, a Revolução por excelência.
Como esse processo revolucionário tem como objetivo destruir a ordem por excelência:
"(...) se compreende que esta Revolução não é apenas uma revolução, mas é a Revolução."(Cfr. RCR, Parte I, Cap VII)
Trata-se da Revolução por excelência.

sexta-feira, outubro 12, 2007

Exemplo de elites revolucionárias

Ao contrário do que nos ensinam nas escolas, o principal motor da Revolução Francesa não foi a massa "oprimida" pelo regime vigente, mas sim elites revolucionárias.
"Um estudo exato da História nos mostra, com efeito, que não foram as massas que fizeram a Revolução. Elas se moveram num sentido revolucionário porque tiveram atrás de si elites revolucionárias. Se tivessem tido atrás de si elites de orientação oposta, provavelmente se teriam movido num sentido contrário." (Cfr. RCR, Parte II, Capítulo II).
Eis algumas das figuras que fizeram a Revolução Francesa:

Maximilien François Marie Isidore de Robespierre (1758-1794)
Advogado e político. Neto de um rico homem de negócios. Completou seus estudos no Colégio Luís, o Grande, da Universidade de Paris.

Georges Jacques Danton (1759-1794)
Advogado e político. Formou-se em Direito na Faculdade de Reims.


Jacques-René Hébert (1757-1794)
Jornalista e político. Filho de joalheiro.

Jean-Paul Marat (1743-1793)
Doutor em medicina e cientista. Médico da guarda pessoal do conde d'Artois.


Marquês de La Fayette (1757-1834)
Aristocrata.


François Noël Babeuf (1760-1797)
Jornalista, filho de militar.


Honoré Gabriel Riqueti, conde de Mirabeau (1749-1791)
jornalista, escritor, político e grande orador parlamentar francês. Filho do Marques de Mirabeau.


quinta-feira, outubro 11, 2007

A Contra-Revolução e o amor à cruz

Pela ação da Igreja, o homem medieval, no geral, tinha um devotamento especial à cruz e, por isso, amava mais os valores da alma e de tudo quanto fosse necessário para salvá-la. No século XIV:
“(...) começa a observar-se, na Europa cristã, uma transformação de mentalidade que ao longo do século XV cresce cada vez mais em nitidez. O apetite dos prazeres terrenos se vai transformando em ânsia. As diversões se vão tornando mais freqüentes e mais suntuosas.”
Resultado:
“(...) o anelo crescente por uma vida cheia de deleites da fantasia e dos sentidos vai produzindo progressivas manifestações de sensualidade e moleza.

(...) Tudo tende ao risonho, ao gracioso, ao festivo. Os corações se desprendem gradualmente do amor ao sacrifício, da verdadeira devoção à Cruz, e das aspirações de santidade e vida eterna. [1]
Desde o fim da Idade Média até nossos dias, esse anelo cresceu cada vez mais em intensidade. Infelizmente, a sociedade em que vivemos está impregnada dele e a regra geral parece ser a satisfação dos prazeres do corpo.

São Luís Maria Grignion de Montfort (1673 – 1716), ardente missionário francês, percebia, com auxílio da graça, a falta de amor à cruz que tinham os homens de sua época e, para renovar esse amor, escreveu uma “Carta-Circular aos Amigos da Cruz”; nela assim ensina:
“Um Amigo da Cruz é um homem escolhido por Deus, entre 10 mil que vivem segundo os sentidos e a razão, para ser unicamente um homem todo divino[2] e elevado acima da razão[3], e todo em oposição aos sentidos[4], por uma vida e uma luz de pura fé e por um amor ardente pela Cruz.”
Como o orgulho e a sensualidade – principais forças propulsoras da Revolução – dominam a alma quando o homem se desapega do amor à cruz e passa a ter um desenfreado amor a si próprio, São Luiz Grignion recomendava como remédio contra eles a aceitação da humilhação e um amor ao espirito de sacrifício:
“Um Amigo da Cruz é um rei todo-poderoso e um herói triunfante do demônio, do mundo e da carne em suas três concupiscências. Pelo amor às humilhações, esmaga o orgulho de Satanás; pelo amor à pobreza, triunfa da avareza do mundo; pelo amor à dor, amortece a sensualidade da carne.”[5]
Essa descrição muito lembra a pessoa de São Francisco de Assis, um santo suscitado por Deus exatamente numa época em que os primeiros focos dessa decadência começavam a aparecer. Para se ter uma idéia disso, basta ver a oposição ou a incompreensão que ele recebeu. É de se crer que a ação dele tenha retardado o início da processo revolucionário.

Um contra-revolucionário não será autêntico enquanto não for um “Amigo da cruz”.
______________

Notas:

[1] cfr. RCR, Parte I, Cap III, 5 A;

[2] No sentido "Vivo, mas não eu, é Jesus Cristo que vive em mim" (Gal. 2, 20);

[3] Elevado acima, mas não contrário a reta razão;

[4] A oposição dos sentidos é um tema que será tratado, com um texto muito elucidativo de São Tomás, em um outro post;

[5] Carta-Circular aos Amigos da Cruz, Primeira parte – Excelência da união dos Amigos da Cruz, tradução de Maria Helena Montezuna Pohle, Editora Santa Maria Ltda., Rio de Janeiro, 1954, Censor, p.p. 14, 15 e 16.